quinta-feira, junho 30, 2011

As frigideiras cá de casa e a biodiversidade

     Não são poucas as vezes que ao retirar uma (supostamente limpa) frigideira do armário para confecionar algo, verifico que o Anterior Utilizador deixou uma substancial película de gordura na mesma. Ora, por muito que me chateie, tenho que compreender que tal ato por parte do Anterior Utilizador apenas visa a economia na utilização de gorduras na culinária, pois bastar-me-ia pôr uma qualquer peça de carne na dita frigideira, depois coloca-la ao lume, e decerto que não teria dificuldade em cozinhar. 
     Posto isto, as razões para o Anterior Utilizador tomar tão grandiosa ação, evitando assim o gasto desnecessário de mais gordura, são muitas e boas. Poupar no azeite é porreiro, pois preservamos as oliveiras, como devem ter conhecimento, o azeite provem das suas raízes, sendo portanto necessário arrancar uma árvore por cada garrafa de azeite produzida. Quanto à margarina "Vaqueiro", por cada barra que se poupa, salva-se uma criança em África, assim como por cada garrafa de óleo de girassol aforrada, uma árvore da floresta amazónica é poupada. Não vou aprofundar muito nos benefícios que traz a poupança de banha para a preservação do lobo ibérico (Canis lupus signatus), mas a ideia é que traz realmente benefícios para esta espécie tão fustigada pelo ser humano.
     No próximo post vou falar sobre os benefícios dos cereais ressequidos nas taças e dos restos de carne nas grelhas.